Os resíduos cimentícios (Figura 4) são aqueles constituídos por uma mistura de diversos produtos cimentícios, e não apenas de concreto (geralmente estrutural). Assim, o resíduo contém argamassa misturada com o concreto, e são decorrentes da demolição de alvenarias executadas com blocos de concreto, argamassa de assentamento, revestimentos de argamassa, contrapisos de argamassa, calçadas de concreto (não estruturais).
A argamassa é um material menos resistente, mais friável. Isso resulta em um agregado reciclado cimentício menos resistente e mais poroso que o agregado reciclado de concreto (ARCO), contendo maior quantidade de finos (dimensão abaixo de 0,075 mm) (Figura 5). Tais características limitam o seu potencial de uso em concretos de qualidade superior, mas possui qualidade perfeitamente compatível a produção de concretos não estruturais e argamassas, em teores de substituição de agregado natural/artificial pelo AR de até 100%.
Podem se apresentar quase integralmente constituídos de materiais cimentícios, mas há chance de encontrar impurezas como fragmentos de plásticos (das instalações elétricas), embalagens plásticas de obras, fragmentos de metais (pregos, etc.). Neste caso, há uma necessidade de controle de composição, visando avaliar a sua pureza, uma vez que podem incluir outros finos e solos na varrição, ou fruto de gestão menos cuidadosa dos resíduos nas obras, ou reformas/demolições. Até 10% de cerâmica vermelha na composição do agregado reciclado
cimentício não altera muito suas características, sendo admitido esse tipo de contaminação nas especificações técnicas deste tipo de AR.
